DAVID HOCKNEY (Pintor) (1937) Hockney pertence à última geração de artistas pop da Inglaterra, juntamente com os pintores Jones e Blake. Estudou no Royal College of Arts de Londres. Embora no início tenha se mantido dentro da temática estritamente pop, ou seja, quadros de fácil interpretação, povoado de objetos do dia-a-dia, pouco a pouco foi demonstrando aspirar a uma estética diferenciada e pessoal. Ao retornar de sua viagem a Los Angeles, Hockney experimentou uma primeira mudança de estilo. Sempre dentro da linha figurativa, começou a fazer quadros de paisagens com casas luxuosas e piscinas de água de um turquesa incrível. Talvez se pudesse dizer que suas obras às vezes chegavam às raias da ingenuidade. Nos anos 70, Hockney fixou-se em Paris, na rue Dragon. O motivo da mudança, segundo o próprio artista, era que em seu estúdio, em Londres, era impossível se concentrar com tranqüilidade. Dedicava dias inteiros a retratar os amigos de forma acadêmica, na esperança de encontrar aquilo que estava procurando: a ruptura com o seu estilo anterior. Pouco depois começou a fazer cenografia para uma ópera a ser apresentada no teatro de Glyndebourne, ao mesmo tempo em que o Museu de Artes Decorativas de Paris organizava sua primeira retrospectiva. Foi então que Hockney descobriu seu próprio caminho: um naturalismo de cores claras e brilhantes. A década de 80 o encontra realizando seus camerawork, fotomontagens de cenários urbanos e naturais. Produz seus últimos trabalhos utilizando fax e fotocopiadoras. A obra de Hockney se caracteriza por espírito otimista, ausência de dramaticidade e perfeição no manuseio das técnicas. Como afirmou o próprio pintor: "...a pintura pode mudar o mundo".